Balança Comercial 01/2021

17 Fevereiro 2021
/ Boletim de Balança Comercial e Rentabilidade das Exportações

A balança comercial brasileira encerrou o ano de 2020 com um superávit de US$ 50,9 bilhões, um aumento de quase US$ 3 bilhões em relação ao ano anterior (Tabela 5)

Com a queda de 0,7% em dezembro, na comparação com o mesmo mês de 2019, as exportações em 2020 somaram US$ 209,8 bilhões, com redução de 6,9% ante o ano anterior (Tabela 1).

As importações brasileiras somaram US$ 159,9 bilhões em 2020, com queda de 10,4% − a despeito do forte crescimento registrado em dezembro, de 46,6% em relação ao mesmo mês de 2019 (Tabela 3).

A queda das exportações no ano deveu-se integralmente aos produtos manufaturados (-22,0%). Os básicos e os semimanufaturados tiveram crescimento de 0,6% e 3,2%, respectivamente, puxados por agropecuários, alimentos e minerais  metálicos.  Entre os manufaturados, houve crescimento de vendas apenas em produtos de madeira e têxteis (Tabela 1).

O crescimento dos básicos foi mais expressivo no primeiro semestre do ano, especialmente a soja, mas perdeu fôlego  no segundo semestre.  Já os semimanufaturados tiveram crescimento  mais expressivo no segundo semestre.

Entre os principais mercados de destino (Tabela  2), houve crescimento das exportações em 2020 apenas para China, Espanha, Coreia e países africanos. Quanto aos demais, a queda foi especialmente forte para os Estados Unidos e para os países latino-americanos.

Do lado das importações (Tabela 3), a queda no ano foi generalizada entre as categorias econômicas e setores, com exceção do setor de Outros equipamentos de transporte. Este, teve aumento de 71,2%, devido às importações fictas de plataformas de petróleo e de embarcações para uso na exploração de petróleo no  montante  de  US$ 10 bilhões, mais  que  o  dobro  do  que  ocorreu  em  2019.  Isso  levou também ao crescimento de 16,7% das importações de bens de capital.

O  índice  de  rentabilidade  das  exportações  teve  queda  de  7,4%  na  passagem  de  outubro  para novembro, em função da valorização do real, da queda dos preços de exportações e do aumento dos custos de produção (Tabela 7).

A  rentabilidade,  que  havia  crescido  com  a  desvalorização  do real,  recuou  quase  27%  desde  abril, principalmente pelo crescimento dos preços ao produtor, que inflou os custos de produção.

A taxa de câmbio real referente à cesta de 14 moedas, deflacionada pelo IPC, teve redução de 3,8% entre outubro e novembro, mas ainda acumula ganho de 28,7% desde novembro de 2019 (Tabela 8).

Já o câmbio real deflacionado pelo IPA recuou 5,3% em novembro e voltou para um nível quase igual ao do mesmo mês de 2019.

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