EM FOCO
As exportações do mês de agosto totalizaram US$ 30,8 bilhões (Tabela 1). Segundo a segmentação por classes de produtos, na comparação com o mesmo mês de 2021, as elevações foram generalizadas, com destaque para as variações positivas observadas nos Manufaturados (40,9%) e nos Semimanufaturados (12,4%). No ano, todas classes de produtos também apresentaram elevações, sendo que os manufaturados apresentaram elevação de 36,2%, os Semimanufaturados tiveram elevação de 19,4% e os Básicos crescimento de 11,9%, na comparação com o mesmo período do ano passado.
Com relação aos destinos das exportações brasileiras, no acumulado até agosto de 2022, a China permaneceu na primeira posição (US$ 63,1 bilhões), seguida pelos União Europeia (US$ 33,8%) e pelos Estados Unidos, US$ 24,5 bilhões (Tabela 2 e Gráfico 1). Ainda na comparação com o mesmo período de 2021, observa-se no Gráfico 1, que apenas para a China o volume embarcado apresentou queda. Destacam-se as elevações nos embarques para o Chile (51,3%), para a UE (36,6%) e para a Argentina (34,6%).
Gráfico 1. Principais destinos das exportações no acumulado de janeiro-agosto de 2022 - Valores em US$ bilhões e variações em %.
Fonte: Elaborado pela Funcex a partir de dados da Secex/ME.
No acumulado até agosto de 2022, com relação as origens dos produtos importados pelo Brasil, destacam-se o volume importado da China, US$ 39,7 bilhões, dos EUA (US$ 34,9 bilhões) e da UE (US$ 28,7). Quando comparados com os valores importados no acumulado até agosto de 2021, observa-se elevações nos volumes desembarcados provenientes de todas as origens destacadas no Gráfico 2.
Gráfico 2. Principais origens das importações no acumulado de janeiro-agosto de 2022
Fonte: Elaborado pela Funcex a partir de dados da Secex/ME.
Em agosto as importações totais do país somaram US$ 26,7 bilhões, 36,4% a mais comparado ao valor importado no mesmo período de 2021. Foram registradas variações positivas em todas as categorias de uso, sendo que a categoria de Combustíveis apresentou a maior elevação, na comparação com o mesmo período do ano passado (59,2%). A elevação no valor importado de todas as outras grandes categorias econômicas foram superiores à 30% como pode ser visto na Tabela 3, Bens de Capital (34,2%), Bens Intermediários (32,9%), e Bens de consumos duráveis e não duráveis 32,7% e 31,1%, respectivamente. As importações totais do país somaram US$ 181,0 bilhões no acumulado até agosto, 32,3% a mais, comparado ao valor importado no mesmo período de 2021. Foram registradas variações positivas em todas as categorias de uso, sendo que a categoria de Combustíveis apresentou a maior elevação, na comparação com o mesmo período do ano passado (90,1%).
O Índice de rentabilidade das exportações registrou elevação de 4,7% em julho de 2022, na comparação com o mesmo período do ano passado (Tabela 7), em virtude da elevação dos preços das exportações (12,1%) e da desvalorização do câmbio nominal (4,1%), visto que os custos de produção continuam apresentando crescimento (em julho, na comparação com julho de 2021 a elevação foi superior a 11%). No acumulado de 2022 o Índice de rentabilidade apresentou queda de 3,5%. Nesta comparação, a elevação nos preços das exportações de 18,2% não compensou o aumento dos custos de 17,1% e a valorização do câmbio nominal (-4,3%).
Como pode ser visto no Gráfico 3 e na Tabela 7, no acumulado do ano até julho, apenas 8 dos 29 setores da CNAE 2.0 apresentaram ganhos de rentabilidade das exportações. Com relação as perdas de rentabilidade, o setor que mais perdeu rentabilidade foi o de Extração de minerais metálicos (-38,6% no acumulado do ano). Neste setor a perda de rentabilidade foi provocada pela queda acentuada do preço (-24,4%) em conjunto com a valorização nominal do Real (-4,3%) e com a elevação nos custos de 16,3%.
Gráfico 3. Índice de rentabilidade das exportações - Total e Setores da CNAE 2.0
Comparação de Jan-jul 2022 contra Jan-jul 2021 (Variação %)
Fonte: Elaborado pela Funcex a partir de dados da Secex/ME e do Banco Central.
Como pode ser visto na Tabela 8, na passagem de junho para julho, a taxa de câmbio real, deflacionada pelo IPA, apresentou desvalorização comparada a todas as moedas e cestas selecionadas. A desvalorização em relação ao Dólar foi de 3,3%, comparada ao Euro a desvalorização foi mais acentuada, 6,8%, e na comparação com a cesta de moedas dos BRICS a desvalorização do Real foi de 4,5%, como pode ser visto na Tabela 8. Deflacionada pelo IPC, a taxa de câmbio real registrou desvalorização de 7,6% em relação ao Dólar, na passagem de junho para julho. A desvalorização do Real também foi acentuada quando comparada a Cesta de moedas da ALADI e dos BRICS, 7,2%, em ambas as comparações.
Informações disponíveis até 19/09/2022.
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