Balança Comercial 11/2020

8 Dezembro 2020
/ Boletim de Balança Comercial e Rentabilidade das Exportações

Outubro foi um mês mais fraco do que os anteriores para as exportações, especialmente em função da queda dos embarques de produtos agropecuários (soja, principalmente).

As exportações somaram US$ 17,9 bilhões, com queda de 8,8% ante o mesmo mês de 2019 (Tabela 1). No acumulado do ano, a variação é negativa em 7,9%. As importações, por sua vez, mantiveram a tendência de contração verificada durante todo o ano, embora o resultado do mês tenha sido relativamente pior do que o que se vinha registrando.

Em outubro, elas somaram US$ 12,8 bilhões, com queda de 27,3% em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, a variação é menor, de -15,9% (Tabela 3). O saldo comercial foi de US$ 5,5 bilhões no mês, com aumento de mais de 50% em relação a outubro de 2019, e acumula no ano superávit de US$ 47,4 bilhões (Tabela 5). Nas exportações, a Agropecuária teve queda de 28,9% no mês, assim como a Extração de petróleo e gás (-38,3%) e a maioria dos Bens industriais (Tabela 1).

No acumulado do ano, contudo, a Agropecuária ainda tem crescimento de 9,4%, e a queda do Petróleo é mais modesta, de 15,4%. A queda em outubro também foi generalizada entre os principais mercados de destino, inclusive a China (-12,4%). Destaca-se, contudo, o aumento de 7,9% das vendas para o Mercosul (Tabela 2). Do lado das importações, a queda em outubro foi generalizada entre as categorias econômicas e setores (Tabela 3), tendo sido especialmente forte nos Combustíveis (-50,6%), que também sofre o impacto da redução dos preços do Petróleo.

No acumulado do ano, se verifica contração nos diferentes tipos de produtos, especialmente os Combustíveis e os Bens de consumo duráveis. O índice de rentabilidade das exportações recuou 0,3% na passagem de agosto para setembro em função da valorização de 1,1% do real ante o dólar (Tabela 7).

Em comparação com setembro do ano passado, a rentabilidade acumula ganho de 5,4%. A taxa de câmbio real teve valorização em setembro em relação às principais moedas, tendo sido mais forte na taxa deflacionada pelo IPA (4,5% em relação à cesta de 14 moedas), visto que este índice teve forte alta no mês (Tabela 8). Aliás, como a inflação no atacado este ano tem sido muito maior do que nos preços ao consumidor, a variação do câmbio real entre setembro deste ano e o mesmo mês de 2019 é bem mais elevada na taxa deflacionada pelo IPC (30,5% em relação à cesta de 14 moedas) do que na taxa deflacionada pelo IPA (4,9% em relação à cesta).

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