O saldo da balança comercial em novembro foi de US$ 3,7 bilhões, semelhante ao registrado no mesmo mês de 2019. O superávit acumulado no ano é de US$ 51,0 bilhões, com alta de 21% em relação a janeiro-novembro do ano passado (Tabela 5).
Exportações e importações tiveram pequenas quedas em novembro, na comparação com o mesmo mês de 2019: -1,2% e -2,6. No acumulado do ano, contudo, a queda das importações é duas vezes maior do que a das exportações: -14,7% ante -7,4% (Tabelas 1 e 3).
O desempenho negativo das exportações em novembro foi, mais uma vez, comandado pelos produtos manufaturados, com redução de 12,7%. Básicos e semimanufaturados, ao contrário, tiveram crescimento de 3,7% e 10,6%.
O mesmo padrão se observa nas variações acumuladas no ano: 1,6% nos básicos, 1,4% nos semimanufaturados e -24,3% nos manufaturados (Tabela 1).
O crescimento dos básicos no mês foi determinado principalmente por petróleo, minério de ferro e carnes, mas com queda na agropecuária. Entre os semimanufaturados, houve crescimento em celulose e alguns produtos alimentícios.
Em termos de destino, houve alta das vendas para Mercosul, Oriente Médio, África, Alemanha e Coreia do Sul. Para a China, houve redução de 7,5% (Tabela 2).
A queda das importações no mês foi suavizada pelo aumento das compras de bens intermediários (10,9%), contrastando com quedas expressivas nas demais categorias econômicas (Tabela 3).
O Brasil registra superavit comercial no acumulado do ano com todos os seus principais parceiros comerciais, à exceção de Estados Unidos e Alemanha (Tabela 6).
O índice de rentabilidade das exportações sofreu queda de 14,3% na passagem de setembro para outubro, principalmente em virtude da alta de 23,6% dos custos de produção (refletindo a elevada inflação dos preços ao produtor). Este resultado reverteu os ganhos obtidos ao longo do ano em função da desvalorização do câmbio: em relação a outubro do ano passado, a rentabilidade já tem queda de 6,9% (Tabela 7).
A taxa de câmbio real ficou praticamente estável entre setembro e outubro, no caso da taxa deflacionada pelo IPA, com a inflação dos preços ao produtor compensando a desvalorização do câmbio nominal (Tabela 8).
Já a taxa deflacionada pelo IPC teve desvalorização significativa no mês, tendo sido de 4,0% no caso da cesta de 14 moedas, acumulando ganhos da ordem de 30% em comparação a outubro de 2019.