Boletim de Comércio Exterior - 06/2023

Em foco
  • O índice de preços de exportação apresentou redução de 13,5% no mês de maio, comparativamente ao mesmo mês do ano anterior (Tabela 1). Essa evolução foi resultado de quedas registradas nos preços de todas as classes de produtos: Manufaturados (-5,1%), semimanufaturados (-7,4%) e Básicos (-18,6%). Com relação à queda nos preços dos produtores Básicos exportados destacam-se as quedas nos preços de alguns minérios. Na comparação com o mês de maio de 2022, os preços médios dos Minérios de manganês e seus concentrados apresentaram queda de 47,0%, os Minérios de chumbo e seus concentrados registraram queda de 43,0% e os Minérios de ferro e seus concentrados tiveram queda de 27,0%, na mesma comparação. No acumulado do ano apenas os Manufaturados apresentaram elevações nos preços das exportações (1,2%), os Básicos e os Semimanufaturados apresentaram quedas de 8,0% e 1,9%, respectivamente.
  • O quantum de exportação registrou alta de 29,0% no mês, na comparação com maio do ano passado. Essa variação resultou de evoluções positiva no volume exportado de todas as classes de produtos. Os Básicos (6,7%) apresentaram alta bastante expressiva, 39,4%, os Manufaturados apresentaram elevação de 14,4% e os Semimanufaturados de 18,1%, como pode ser visto na Tabela 1. No acumulado do ano até maio, o quantum exportado de Básicos (14,6%) cresceu, também, com bastante vigor. Os semimanufaturados e os Manufaturados apresentaram elevações menos significativas, 5,7% e 2,0%, respectivamente.
  • De acordo com a classificação CNAE 2.0, em maio houve redução no índice de preços de 17setores de um total de 29 para os quais o índice é calculado (59%, do total de setores acompanhados). Cabe destacar os recuos observados nos setores: Derivados do petróleo biocombustíveis e coque (-32,6%), Extração de petróleo e gás natural (-30,8%) e Extração de minerais não-metálicos (-23,2%). Em relação ao quantum exportado (Tabela 1), a comparação de maio de 2023 como o mesmo mês de 2021 aponta elevação em 17 setores, com destaque para: Derivados do petróleo biocombustíveis e coque (145,7%), Extração de petróleo e gás natural (76,0%) e Outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (50,1%).
  • Como pode ser observado na Tabela 2, o Índice de preço das importações apresentou queda de 13,6%, na comparação com o mesmo mês do ano passado. No acumulado até maio a queda foi de 4,3%, influenciada, basicamente, pelas quedas nos preços importados de Combustível e Bens intermediários, 13,6% e 6.1%, respectivamente. Os bens de capital (4,1%), bens de consumo não duráveis (18,8%) e duráveis (0,2%) apresentaram elevação em seus preços, na mesma comparação.
  • O Gráfico 1 mostra o crescimento dos preços médios (US$ FOB/Kg) dos bens de consumo não duráveis que apresentaram as maiores elevações no período de janeiro a maio 2023, comparado a 2022. Como pode ser visto, Sucos e conservas de frutas e legumes ficaram 31,0% mais caro para o importador brasileiro, enquanto os preços médios de produtos farmacêuticos e artigos médicos subiram 24,0%, Arroz e Óleos vegetais ficaram 20 e 18% mais caro para o importador, também na comparação com o preço médio de janeiro a maio de 2022. Cabe destacar que bens como: Arroz, Óleos vegetais, Demais preparações alimentícias e Produtos farmacêuticos e artigos médicos são bens de extrema necessidade do consumidor final e pesam no orçamento familiar.

Gráfico 1. Variação do Preço médio (US$ FOB/Kg) de bens de consumo não duráveis –
Janeiro a Maio 2023/2022


Elaborado pela Funcex com dados da SECEX.

  • O índice de quantum das importações totais registrou elevação de 1,8% em maio, na comparação com maio do ano passado, em razão das variações positivas em todas as categorias de uso, com exceção dos Bens intermediários, que apresentaram queda de 6,5% (Tabela 2). As demais categorias tiveram elevações no mês, sendo dignas de nota as observadas nos Bens de consumo duráveis (49,8%) e nos Combustíveis (-26,3%). No ano, houve elevação marginal das quantidades importadas (0,1%). Duas das cinco grandes categorias econômicas apresentaram elevação no quantum importado, Bens de consumo duráveis (38,8%) e Bens de capital (8,8%), na comparação com o acumulado de 2022.
  • Os Termos de troca (Tabela 3) apresentaram estabilidade na comparação com maio de 2022 e recuos no ano e em 12 meses de 0,4% e 3,6%, respectivamente. No acumulado do ano, na comparação com o mesmo período de 2022 os setores que apresentaram ganhos nos termos de troca que merecem destaque são: Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (25,7%), Produtos têxteis (15,0%) e Produtos de borracha e de material plástico (12,5%), ao passo que os produtos que mais tiveram deterioração nos termos de trocas foram: Produtos farmoquímicos farmacêuticos (-22,9%),  Produtos de madeira (-14,6%) e Derivados do petróleo biocombustíveis e coque (-7,3%) (Gráfico 2).

 Gráfico 2. Índices de termos de troca segundo setores selecionados –
Taxa de crescimento acumulado no ano 2023/2022


Elaborado pela Funcex com dados da SECEX.

  • A Razão de quantum registrou acentuada elevação de 27,3% em maio, na comparação com o mesmo mês do ano passado (Tabela 3). No acumulado do ano, a variação foi de 8,9%, comparado ao mesmo período de 2022. Estas variações positivas, tanto na comparação com maio de 2022 quanto na comparação acumulado do ano, foram causadas principalmente por elevações nas quantidades exportadas.

    Informações disponíveis até 30/06/2023

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