Boletim de Comércio Exterior - 09/2023​​

Em foco
  • No acumulado até agosto, o Índice de preço das exportações apresentou redução de 8,1%, na comparação com o mesmo período do ano anterior, em função das variações negativas registradas em todas das classes de produtos. Destacamos, neste período, o declínio ocorrido nos Básicos (-12,2%). No que tange às categorias econômicas, no período janeiro-agosto, ocorreu queda intensa em Combustíveis (25,4%) e quedas nos preços dos Bens intermediários (-5,7%) e nos Bens de consumo não duráveis (-4,2%), na comparação com o mesmo período de 2022 (Tabela 1). Todas as classes de produtos, desde 2022, apresentam tendência de queda, os Bens manufaturados foram os últimos a apresentar a tendência de queda, como pode ser visto no Gráfico 1, que apresenta a evolução da taxa de crescimento em 12 meses para os Índices de preço de exportação, que nos evidencia um comportamento mais de longo prazo dos preços praticados na exportação.

Gráfico 1. Evolução da taxa de crescimento em 12 meses dos Índices de preço de exportação  Fonte: Elaborado pela Funcex a partir de dados da Secex/MDIC. Nota: Vide o Apêndice Metodológico.

  • O quantum de exportação total registrou elevação de 13,8% no mês, em relação a agosto do ano passado (Tabela 2). Nesta comparação, as classes de produtos que garantiram o resultado positivo supramencionado foram: os Básicos (25,7%) e os Semimanufaturados (5,3%), visto que as quantidades dos Bens Manufaturados apresentaram queda nesta comparação (-3,5%). No acumulado do ano, similarmente, ocorreu queda nas quantidades embarcadas somente dos Manufaturados (-0,9%). Segundo a classificação por categorias econômicas, os Bens de consumo e os Bens de Consumo não duráveis registraram quedas no quantum de 35,5% e 0,2% em agosto, frente ao mesmo mês do ano anterior, respectivamente. As demais categorias apresentaram elevações nas quantidades exportadas, na mesma comparação. No ano, a categoria Bens de consumo duráveis registrou variação negativa de 14,2%.
  • Nas importações, o Índice de preços (Tabela 2) apresentou queda de 12,9% em agosto, ante o mesmo mês do ano passado, causada pelas quedas observadas nos Combustíveis (33,2%) e nos Bens intermediários (14,8%). No acumulado do ano, os preços das importações totais registram diminuição de 8,1%, provocada pelas quedas ocorridas nas mesmas categorias econômicas supracitadas: Combustíveis (-20,8%) e Bens intermediários (-10,1%). O Gráfico 2 apresenta a evolução da taxa de crescimento em 12 meses dos Índices de preço das importações. Como pode ser observado, há uma constância na taxa de crescimento dos preços dos Bens de consumo não duráveis, dos Bens de capital e Bens de consumo Duráveis. Já os Combustíveis apresentaram tendencia acelerada de queda desde agosto de 2022. Os bens intermediários consolidaram tendencia de queda, porém, com menor intensidade. É importante ressaltar que os Bens intermediários, no acumulado 12 meses, somaram 61,1% do total das importações, seguido pelas categorias Bens de capital (11,9%) e Combustíveis (14,7%). Estas categorias exercem forças significativas no total importado pelo país e como pode ser visto, duas delas apresentam tendencia de queda.

Gráfico 2. Evolução da taxa de crescimento em 12 meses dos Índices de preço de das importações Fonte: Elaborado pela Funcex a partir de dados da Secex/MDIC. Nota: Vide o Apêndice Metodológico.

  • O Índice de quantum da importação total teve queda de 7,6% no mês, na comparação com agosto do ano passado, em virtude das quedas observadas em Bens intermediários (-8,9%), em Bens de capital (-7,2%), em Combustíveis (-5,6%) e em Bens de consumo não duráveis (-3,2%), (Tabela 2). No acumulado do ano a queda registrada foi de 2,1%, influenciada por duas categorias econômicas, Bens intermediários e Combustíveis, que apresentaram quedas de 4,9% e 3,2%, respectivamente.
  • No acumulado do ano, o Índice de termos de troca ficou estável, na comparação com o mesmo período de 2022. A estabilidade dos Termos de Troca ocorreu devido às quedas nos Índices de preços das exportações e das importações da mesma magnitude, no período em questão. A razão de quantum, que relaciona as quantidades exportadas com as importadas, acumulou no ano, aumento de 11,4% (Tabela 3). Os ganhos no quantum são resultados das elevações nas quantidades exportadas e da diminuição das quantidades importadas. Nesta comparação, as duas componentes do índice contribuíram positivamente para o resultado.
Informações disponíveis até 29/09/2023.

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