Em foco

• No mês de setembro de 2023, as exportações brasileiras enfrentaram mudanças significativas nos Índices de preços em comparação com o mesmo período do ano anterior. O Índice de preços das exportações totais do Brasil alcançou 120,1 pontos em setembro de 2023, registrando um decrescimento de 7,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Os produtos básicos tiveram uma retração significativa de 12,1% no mês, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Com um índice de preços de 117,5, os semimanufaturados apresentaram uma queda de 2,7% em setembro, mas apresentaram um crescimento de 3,7% em 12 meses. Os produtos manufaturados, por outro lado, apresentaram um ligeiro aumento de 0,3% em setembro, apesar de uma diminuição de 1,2% ao longo dos 12 meses anteriores (Tabela 1).
• No mês de setembro de 2023, as exportações brasileiras enfrentaram mudanças significativas nos Índices de quantum em comparação com o mesmo período do ano anterior. O Índice de quantum das exportações totais do Brasil atingiu 123,0 pontos em setembro de 2023, refletindo um crescimento de 7,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior (Tabela 1). Na mesma comparação, os produtos básicos também apresentaram um desempenho positivo no Índice de quantum, representando um notável aumento de 20,5%. Os produtos semimanufaturados registraram um índice de 120,1, indicando uma queda de 8,1% na comparação com setembro de 2022. No caso dos produtos manufaturados, o índice foi de 101,8, representado uma queda de proporção similar aos bens semimanufaturados (-8.3%). Destaca-se que os Índices de quantum revelam uma mudança significativa no volume de exportações brasileiras e sugerem uma melhoria no desempenho das exportações, particularmente para produtos básicos, que tiveram um aumento notável.
• Nas importações, o Índice de preços (Tabela 2) apresentou redução de 10,5% em setembro, ante o mesmo mês do ano passado, causada pelas quedas nos preços de três das cinco categorias de uso. Os bens intermediários apresentaram um índice de 105,5, refletindo uma queda significativa de 13,8% no mês, mas uma diminuição menor de 10,6% no acumulado do ano. Os bens de consumo não duráveis apresentaram diminuição de 4,1% em setembro, mas um aumento de 6,9% no acumulado do ano. Já os Combustíveis registraram uma queda substancial de 16,9% no mês e queda de 20,3% no acumulado do ano. O Gráfico 1 apresenta a evolução da taxa de crescimento em 12 meses dos Índices de preço das grandes categorias econômicas selecionadas. Como pode ser visto, o setor de combustíveis tem enfrentado um cenário desafiador, marcado por elevações cada vez menores nos preços desde agosto de 2022, quando registrou um notável aumento de 91,80%. No entanto, nos últimos meses, a tendência se inverteu, resultando em quedas consecutivas. Essa reversão nas elevações dos preços é atribuída a uma série de fatores, dentre eles, as flutuações nos preços globais do petróleo, a busca por fontes alternativas de energia, além das tensões geopolíticas que afetaram o fornecimento de petróleo e gás natural devido à guerra na Ucrânia. Não obstante, esse declínio contínuo nos preços dos combustíveis pode influenciar positivamente a economia interna, aliviando o ônus dos consumidores e das empresas em um momento em que a estabilidade econômica é essencial.

Gráfico 1. Índices de preço de importação. Evolução da taxa de crescimento em 12 meses para o total das importações e grandes categorias econômicas selecionadas